Londrina a partir da década de 80

Londrina a partir da década de 80

Marcos Vinícius

Na década de 80, foi muito grande o número de pessoas que migraram para Londrina, seja do campo para a cidade ou vindas de outras cidades do Brasil (Figura 7). Januzzi (2005) entende que:

Ainda nos anos 80, a ênfase da ocupação do espaço se dá no sentido norte-sul. No norte, consolidam-se os Cinco Conjuntos, com suas habitações populares, enquanto as classes média e a alta dirigem-se para o sul, estimulados pela presença do campus da UEL e pelo Lago Igapó, como mostra o Plano Diretor.

Com aproximadamente 400.000 habitantes, a cidade de Londrina não podia ficar largada, esperando do destino sua evolução, por isso foi criado o IPPUL (Instituto de Pesquisa e Planejamento de Londrina) para que a cidade continuasse se desenvolvendo e desse suporte para tudo o que nela já se havia conquistado e servisse de apoio para os habitantes já residentes nessa região (Figura 8).

A cidade de Londrina se apresenta, sobretudo como uma cidade comercial e de serviços, seu futuro depende de cada cidadão aqui residente, pois o que seria dos estabelecimentos aqui existentes sem os atuais desbravadores londrinenses de cada dia. De acordo com Grassiotto e Grassiotto (2003), sua localização estratégica funcionou como centro de ligação entre as principais cidades do Paraná (Maringá, Paranavaí, Apucarana, entre outras) e as capitais (São Paulo e Curitiba). A facilidade dessa ligação acabou funcionando como um eixo de comunicação que possibilitou que se tornasse um polo exportador da produção agrícola. O seu progresso se deu por um conjunto de fatores: planejamento, marketing, fertilidade do solo, localização privilegiada, comércio diversificado, pela concentração de diversas instituições de ensino, entre outros fatores. Mas não há dúvida de que o planejamento dado ao desenvolvimento da região, com o parcelamento do solo em pequenas propriedades e a fundação de pequenos núcleos urbanos próximos uns aos outros facilitou a circulação e o escoamento da produção, e a localização estratégica de Londrina reforçou sua condição de centro regional de compras e serviços (Figura 9).

A construção do patrimônio histórico de Londrina não privilegia um grupo restrito de pessoas, é possível perscrutar essa ideia no cerne das palavras que foram registradas pelos autores que se aprofundaram neste assunto, seja pela escrita ou pelas imagens. Na sua história, Londrina comportou uma diversidade cultural imensa, por isso, esse acervo histórico e cultural que nos foi deixado tem seu maior valor na mistura de crenças e raças que souberam de maneira tolerante e paciente aceitar as individualidades de cada um ou de cada grupo de pessoas.

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