O empreendedorismo em Londrina

O empreendedorismo em Londrina

Marcos Vinícius
O espírito modernista marcou-se pelo arrojo, a ousadia de tentar novas formas, o dinamismo dos artistas que queriam mudar a linguagem das artes e, de quebra, o mundo. Os modernistas foram homens de ação e novidades.
Nossos colonos pioneiros não esperaram a ponte ficar pronta sobre o Tibagi para a passagem do trem. Cruzaram o rio de balsa, gente tão rude quanto decidida, atrás da grande novidade de suas vidas: terra para plantar e liberdade. Eram brasileiros de todos os estados e imigrantes de trinta nações,honestos e incultos. Entre eles não havia nem ricos, nem pobres; só foragidos das secas, da miséria, das perseguições políticas e religiosas. No entanto, na terra vermelha logo essa gente geraria filhos e faria gestos modernistas. Quando o Governo da Província mandou o primeiro prefeito nomeado, que a cidade não queria – em 1934 - ninguém foi a cerimônia de posse.
Londrina queria para prefeito Carlos Almeida, pai do Marco Antonio, um modernista. Ainda segundo Pellegrini (1992) modernista foi Álvaro Godoy ao criar a Marcha da Produção, em 1961, para protestar contra a política agrícola federal; e só não bateu lá em Brasília porque o Exército barrou a marcha em Ourinhos. Modernista era o humor daquela placa ao lado do obelisco na entrada da cidade: “Iguais a você aqui já temos 10 mil – Volte!” Modernista foi o prefeito Antonio Fernandes Sobrinho, ao inventar a Concha Acústica e o Lago Igapó. Modernista foi Ascêncio Garcia Lopes, liderando a implantação da Universidade no Perobal, enterrando no barro das construções os sapatos brancos de médico. Modernista foi Seo Celso, enfrentando montanhas de tradições e preconceitos, para buscar bois na Índia e revolucionar a pecuária do mundo tropical. Modernista foi João Milanez, teimando em fazer um jornal de capital no interior. Modernista foram os cafeicultores que conseguiram verbas da Organização Internacional do Café para criar o IAPAR. E o primeiro edifício modernista tombado no Paraná é a nossa antiga Estação Rodoviária, símbolo da ousadia de Londrina. Modernista é quem quer mudar e ousa, muda o mundo e a si mesmo. Se há uma tradição em Londrina, é o gosto modernista de sempre mudar.
Conseguimos ver a transformação de Londrina em sua própria evolução histórica, os acontecimentos são fatos que evidenciam essa verdade. Londrina pode ser chamada de cidade privilegiada, pois é dela que saem obras que a transforma em uma das mais conhecidas e procuradas cidades do sul do Brasil, como uma opção para se viver e se desenvolver financeiramente.




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