Os pioneiros da colonização da cidade de Londrina

Os pioneiros da colonização da cidade de Londrina

Marcos Vinícius

Concedida a permissão para colonizar o Norte do Paraná a Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP) precisava que de seu seio saísse alguém que pudesse dar continuidade à nova empreitada. Para ocupar as terras, desbravar o sertão e dar abertura às atividades imobiliárias (venda de lotes), a CTNP, sediada em São Paulo, segundo Boni (2004, p. 45), confiou a empreitada ao jovem paulista, filho de ingleses, George Craig Smith, na época com apenas 20 anos. Smith chefiou a primeira caravana - a dos desbravadores - que veio iniciar o processo de desbravamento e colonização da região.

Em agosto de 1929, George Craig Smith chega com sua caravana com pouco mais de 10 homens, onde hoje é o que se pode chamar de Marco Zero de Londrina. Segundo Bortolotti (2007, p. 87), para chegarem até Londrina, os pioneiros percorreram muitos quilômetros dessas estradas com suas famílias e pertences, na carroceria de um caminhão, sem o mínimo de conforto, correndo risco de acidentes com a chuva e a poeira.

Londrina mostrou-se uma terra muito fértil, capaz de produzir grãos em abundância, tornando-se uma região próspera e rica. De acordo com o Arquivo Histórico da Universidade Estadual de Londrina, são considerados pioneiros, aqueles que aqui chegaram até 1934.

Segundo Bortolotti (2007), era a incerteza, a aventura e o desafio na ansiedade de melhores dias, na busca da riqueza através do trabalho árduo e de privações constantes. Era se como toda esta vontade de vencer corresse em seu sangue, herança dos pais e avós imigrantes europeus e asiáticos. Em dezembro de 1929, veio a Londrina a primeira caravana de pessoas interessadas em conhecer e comprar terras.

Depois dos japoneses, mais de trinta outras etnias adquiriram terras no norte do Paraná. Provavelmente, o dado estatístico mais confiável da composição etnográfica da região seja o relatório do total de lotes vendido pela Companhia de Terras Norte do Paraná, de 1935. Esses lotes não se referiram somente ao que é hoje o município de Londrina, mas à toda área de abrangência da Companhia. Contudo, a maior parte ficava em ou próxima a Londrina, nos atuais municípios de Cambé, Rolândia, Arapongas, Apucarana, Mandaguari e outros (BONI, 2004, p. 62).

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